Síndrome do Pânico: a psicoterapia pode ajudar?
Você consegue imaginar o que é sentir isto?
"De repente começo a tremer, os olhos embaraçam, sinto um calor tomando conta do meu corpo, as pernas amolecem, o corpo fica incontrolável..."
"Depois da primeira vez que passei mal, comecei a temer passar por tudo de novo, ficava com medo, não conseguia me concentrar em mais nada."
"Meu porto seguro é minha casa, nem trabalhar consigo mais, tenho medo de passar mal de novo, quando sinto o coração bater rápido, e começo a me sentir diferente, sinto muito medo de passar por tudo de novo."
A pessoa com Síndrome do Pânico sente como se estivesse algo muito errado em seu corpo, o perigo vem de dentro, e a pessoa fica muito ansiosa frente a essas sensações.
Nas crises de pânico o corpo reage como se estivesse frente a um perigo, porém não há nada visível que possa justificar a reação.
Com a repetição das crises surge o medo de ter novos ataques, por isso esta ansiedade antecipatória.
Psicoterapia, pra quê?
A medicação pode ser um recurso importante para o controle das crises, porém o medicamento não ensina, apenas controla os sintomas do momento.
Com o auxílio de um psicólogo a pessoa poderá compreender seus sentimentos, visualizar as situações que desencadeiam as crises de pânico, aprender a influenciar seus estados internos e superar a impotência que o pânico traz. O objetivo da psicoterapia não é calar o sintoma, mas compreendê-lo, para que a pessoa volte a ter controle sobre seu corpo e não delegue esta regulação a um medicamento.
Optar só pelo tratamento medicamentoso seria a forma mais precária para tratar a Síndrome do Pânico, visto que desta forma o índice de recaída é maior, não há aprendizagem, não há desenvolvimento de autonomia e tampouco autocontrole.