O ser humano está doente, e agora?

Cada pessoa lidará de forma única ao receber um diagnóstico de uma doença, mas são muito comuns nestes casos sentimentos de angustia, medo, preocupação. Portanto, diante de um diagnóstico é necessário considerar não só as questões físicas, mas os sentimentos e o estado emocional da pessoa. O psicólogo, neste contexto, auxilia o sujeito a conviver, com aprendizagens e qualidade de vida, esta nova realidade, com foco no sujeito, no seu contexto, nas suas relações e não, só, com foco na enfermidade.
No caso das doenças crônicas, normalmente, o tratamento é permanente, fato que torna crucial o envolvimento, aceitação, participação do indivíduo para o processo de recuperação, ou seja, o paciente tem papel fundamental no tratamento. A forma que o sujeito vivencia a patologia irá interferir na maneira de visualizar e aderir ao tratamento, consequentemente, nos resultados e sucesso dele também.
Quase todas as doenças obrigam as pessoas a mudar seu comportamento, uma mudança de comportamento imposta pode despertar diferentes reações, que partem da aceitação a negação. Quando o paciente identifica e vê sentido naquilo que sua doença o “obriga” fazer diferente ou o “obriga” não fazer, o tratamento passa a ganhar significado. O psicólogo é um profissional imprescindível nesta construção de significado, na manutenção do tratamento, e no favorecimento do paciente a adesão dos tratamentos.
Aderir a um tratamento significa, basicamente, mudar hábitos, seguir prescrições e orientações médicas, seguir novas dietas, mas também é olhar e ver sentido nisso tudo. Não podemos esquecer que o tratamento requer um trabalho em equipe, e neste trabalho o paciente é um colaborador essencial