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Mas ele diz que me ama!


Quem assiste a novela " A regra do jogo" talvez já tenha se perguntado: porque a Domingas demorou tanto para dar um pé no Juca?

Infelizmente o caso não é só de novela, o que mais tem são Domingas por aí sofrendo por violência do marido ou companheiros. Mas o ponto X da questão é que nem sempre o sofrimento acaba após a punição do acusado.

O que acontece com as mulheres depois da denúncia? Como retomam suas vidas? Será que de fato o problema acaba ali?

Primeiro a mulher sofre a angústia pela decisão. E, muitas vezes, por não conseguir enxergar sua vida sem o parceiro opta ou aceita continuar a relação com o agressor. "Mas ele diz que me ama! Denunciar ou não denunciar?"

Embora a ideia aqui pareça muito simplista, não o é.


E depois da decisão tomada? O que fazer?

A dor e sofrimento da mulher nem sempre tem um ponto final com a punição do agressor. Principalmente quando os casos são de denúncia do parceiro. Os sentimentos de culpa, amor, medo, vergonha estão misturados e podem paralisar tanto quanto a agressão.

Por isso, o apoio à mulher deve, além de encorajá-la a denunciar e não aceitar a violência, proporcionar condições de resgatar sua autoconfiança, autoestima, ajudá-la a se autodescobrir, viver este luto para superá-lo, e assim poder escrever uma nova história.

O atendimento psicológico auxiliará num primeiro momento no acolhimento e posteriormente num trabalho que resgate as potencialidades da mulher, sua identidade, contribuindo para que ela reconheça seu papel, suas escolhas, e esteja fortalecida para assumir novas responsabilidades.

O atendimento multidisciplinar às vítimas é de extrema importância para que se possa auxiliar a mulher e outros familiares nas diferentes necessidades apresentadas que não está limitada na realização da denúncia.

Para quem está de fora denunciar parece um pequeno passo, mas ele é um grande passo de muitos outros que virão.


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