“Encalhada”, “solteirona”, “ficou para titia” - Qual o estereótipo da mulher solteira (no Dia dos Na

As mulheres que não namoram, não casaram ou que não tem um relacionamento são, muitas vezes, vistas como solitárias, mal resolvidas, mal-amadas, infelizes. Talvez por serem vistas desta forma, precisam lidar com aquele amigo que sempre quer ser cupido ou com aquele colega que quer rifar sua solteirice. (Rifar=oferecer os amigos para você ou oferecer você para os amigos).

Há vários motivos pelos quais as pessoas ficam solteiras, tem as solteiras que assim estão por não conseguirem se relacionar, aquelas que já se relacionaram, mas não se sentem preparadas para voltar a se relacionar com alguém, as solteiras que focaram numa área da vida e deixaram o relacionamento para segundo plano, as solteiras que querem se casar e estão a procura da sua cara metade e também existem aquelas que escolheram“solteira” como estado civil. Ainda que seja uma dificuldade aceitar este estado civil, as solteiras têm comprovado que essa escolha de estar sozinha não significa vida solitária e tampouco infeliz. Pelo contrário, elas têm mostrado estar muito melhores do que muitas “bem casadas”.

Algumas mulheres não estão solteiras só porque querem focar na vida profissional, mas porque não pretendem se casar mesmo. É escolha. Não estão solteiras porque esperam o príncipe encantado, mas porque preferem se relacionar sem ter o casamento como uma obrigatoriedade. Elas aprenderam a fazer escolhas sem precisar seguir uma condição social. Aprenderam a não precisar do outro para se sentirem completas. Aprenderam a descobrir seus próprios prazeres, a divertir-se também sem companhia, a ter hobbies e lazer sem precisar ter alguém com elas. Aprenderam a respeitar sua individualidade. No entanto, isso tudo não é para transformar o solteiro como estado civil ideal: da autonomia, independência ou da “liberdade”. É apenas para dizer que há escolhas diferentes daquilo que concebemos como verdade ou como sinônimo de felicidade. E rotular os solteiros em certo ou errado, bom ou ruim, é simplificar demais.