Vá com Deus!
Você sabe deixar ir?
Diante da informação que o chocolate “A” tem 5% de gordura e que o chocolate “B” é livre 95% de gordura, qual chocolate lhe parece mais saudável?
Embora os dois sejam iguais a tendência é escolhermos o chocolate “B”, isto acontece porque sentimos mais o impacto de perder do que o impacto de ganhar e quando precisamos fazer escolhas agimos de modo a querer evitar perdas.
Saber que uma relação, trabalho, objeto, projeto acabou, é entendido como sinônimo de perder e perder não é uma tarefa muito fácil. Por mais que saibamos que é necessário dizer “vá com Deus” vamos querer evitar, é muito difícil deixar ir.
Eu já disse “Vá com Deus”, e agora? O que pode ajudar neste momento?
Não pule fases: “quero passar por isso rápido”. Aceite o que está sentindo, acolha suas emoções, elabore o que está acontecendo com você.
Tenha consciência de como está, assim poderá ter ações mais coerentes com o que está vivendo no momento, se propondo a fazer aquilo que realmente dá conta de bancar. Não adianta, por exemplo, querer jogar todos os objetos fora, que te fazem lembrar a relação que acabou, se não tiver condições emocionais para fazer isso.
Não existe receita de bolo. Cada um de nós tem um tempo diferente de “digestão”, o que é bom para mim pode não ser para você. Sem contar que viver o “vá com Deus” de um relacionamento abusivo é diferente do “vá com Deus” de um relacionamento desgastado (diferente não é que um será mais fácil que o outro, apenas diferente).
Tire aprendizagens do que viveu. Não significa fazer limonada dos limões, mas saber que por pior que tenha sido uma situação podemos aprender com ela. Avalie: que coisas aprendeu, que coisas poderia ter aprendido, que coisas pode aprender.
“Deixar ir” é uma das aprendizagens necessárias na vida que nem sempre é possível (e viável) acontecer de forma indolor.
Créditos imagem: geradormemes.com
Música: Vá com Deus, Roberta Miranda
